Bahia: Eliminado da Copa do Brasil, Tricolor tropeça no ataque e se torna presa fácil para o Flamengo

Bahia tropeça no ataque e se torna presa fácil para o Flamengo

O Bahia, conhecido por seu estilo de jogo elegante e eficiente, com domínio de bola e saídas impecáveis, se tornou um time previsível e vulnerável quando se aproxima da área adversária. Essa fragilidade ofensiva ficou evidente na última quinta-feira, quando o Tricolor foi eliminado da Copa do Brasil após nova derrota para o Flamengo, por 1 a 0, no Maracanã.

O desempenho do Bahia não se deve apenas ao fato de ter jogado fora de casa. O time comandado por Rogério Ceni tem demonstrado uma consistente falta de agressividade no ataque, mesmo com a posse de bola e a habilidade de construir jogadas com paciência. Essa ineficiência já havia se apresentado no jogo de ida das quartas de final, na Fonte Nova.

Bahia desperdiça chance e sofre com a defesa

Com sua formação titular, que se tornou previsível, o Bahia dominou a posse de bola na defesa, até que Everton Ribeiro, de forma surpreendente, lançou um passe em profundidade para Everaldo, aos cinco minutos do primeiro tempo. O atacante, porém, desperdiçou a oportunidade cara a cara com Matheus Cunha, em um lance que se tornou o único momento de real perigo para o Flamengo em quase 100 minutos de jogo.

O Bahia começou bem, mas os problemas surgiram logo em seguida, quando a defesa permitiu que o Flamengo chegasse ao ataque, forçando Marcos Felipe a fazer uma defesa após um chute de Gerson. O Bahia demonstrou inferioridade numérica pelo lado esquerdo do campo.

O jogo seguiu com um cenário semelhante, com Everton Ribeiro abrindo espaço na fase ofensiva, mas com o Bahia ainda mostrando fragilidade defensiva pela esquerda. A chance criada nos primeiros minutos não inspirou novas jogadas de ataque, o que deixou o time ainda mais vulnerável.

Segundo tempo: Bahia se torna presa fácil e sofre o gol

A segunda etapa do jogo foi ainda pior para o Bahia . Além de produzir pouco ou quase nada, o time viu o Flamengo criar diversas oportunidades de gol, até que finalmente marcou. Aos dois minutos, Cauly perdeu a bola no ataque, deixando Juba sozinho contra dois jogadores do Flamengo. O lance só não terminou em gol porque Gabriel Xavier bloqueou o chute de Luíz Araújo.

Cinco minutos depois, Everton Ribeiro e Cauly erraram no ataque, e Bruno Henrique obrigou Marcos Felipe a trabalhar. Na jogada seguinte, o Bahia , com suas linhas altas e desorganizadas, não conseguiu impedir o ataque do Flamengo. Gabriel Xavier tentou acompanhar Bruno Henrique , mas não conseguiu evitar o passe para Arrascaeta, que chegou primeiro que Juba e marcou o gol da vitória.

Rogério Ceni, que poderia ter feito alterações no intervalo, optou por substituir Cauly e Everaldo por Lucho Rodríguez e Ademir, respectivamente, após o gol. O Bahia continuou a flertar com a área adversária, mas sem levar perigo.

A entrada de Carlos de Pena e Rafael Ratão no lugar de Everton Ribeiro e Thaciano, respectivamente, não mudou o panorama do jogo, que seguiu com o Bahia tentando lances individuais ineficazes pelo lado direito. O Bahia teve algumas oportunidades de atacar pelos lados do campo, mas sem criar nenhuma conexão relevante.

Ataque do Bahia precisa de um novo fôlego

O jogo desta noite mostrou que o maior problema do Bahia está no último terço do campo, onde atuam Cauly , Everaldo e Thaciano . Cauly teve mais uma atuação ruim e está longe de repetir o desempenho brilhante de 2023. A dupla de ataque oscila entre bons números e atuações apagadas, como a desta noite no Maracanã.

Se mudanças são necessárias, elas precisam ser no ataque. Caso Rogério Ceni opte por manter o time titular nos próximos jogos, ele precisa encontrar soluções, uma vez que o Bahia ainda disputa uma vaga na Libertadores através do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, a equipe terá um novo desafio difícil contra o Atlético-MG.