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Bahia: entre avanços e desafios

Por Redação FutBahia em 01/07/2024 14:13

Receitas e custos

Após se tornar SAF e conquistar o acesso à primeira divisão, o Bahia viu suas receitas voltarem a crescer. O destaque positivo ficou para o crescimento das receitas vinculadas ao torcedor, via bilheterias e programa de sócios, enquanto as receitas de transferências de atletas apresentaram queda. Já os gastos com pessoal, incluindo salários, encargos trabalhistas e direitos de imagem, dobraram entre 2022 e 2023, enquanto as despesas administrativas do clube também aumentaram. No total, o Bahia teve um custo de R$ 178 milhões durante a temporada.

Em 2023, o faturamento do Bahia aumentou e chegou a R$ 158 milhões. Destaque positivo para o crescimento das receitas diretamente ligadas ao torcedor, via bilheterias e programa de sócios, e negativo para as transferências de atletas, categoria na qual há maior potencial de expansão.

Receitas 2022 (em R$ milhões)
Transmissão Comercial Atletas Bilheterias e sócios Social Outros
22,6 18,9 20,6 18,9 20,6 9,8
Custos 2021 (em R$ milhões)
Pessoal Outros
104,4 47,6

Dívidas e alavancagem

Em 2023, o endividamento do Bahia aumentou para R$ 366 milhões. Apesar de ter havido o crescimento, deve-se prestar atenção no perfil: o City quitou dívidas anteriores e trocou o passivo por um empréstimo do próprio grupo, obviamente com condições muito mais confortáveis.

O cálculo de Grafietti para a dívida inclui tudo o que deverá ser desembolsado, menos o que está disponível em caixa. Provisões para contingências (para ações judiciais em andamento) podem fazer com que os valores devidos fiquem maiores, em casos de clubes contestados.

Evolução do endividamento do Bahia

Fonte: Convocados

Geração de caixa e investimentos

EBITDA: R$ 20 milhões (negativo)

Investimento em base: zero

Investimento em contratações: R$ 160 milhões

Investimento em infraestrutura: R$ 1,5 milhões

EBITDA é a diferença entre receitas e custos, antes de descontar juros, depreciações e amortizações. Menos complicada do que a sigla faz parecer, ele indica a saúde financeira do negócio. E, no caso do Bahia , o número negativo mostra que o ponto de partida é desfavorável.

Como houve um grande investimento na compra de direitos de novos jogadores, o aporte de recursos por parte dos novos proprietários foi obrigatório. À medida que a SAF gerar novas receitas e passar a ter um EBITDA positivo, também com menor necessidade de qualificar o elenco em prazo tão curto, espera-se que esses números sejam equacionados.

@rodrigocapelo

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